
19/09/24
“Paulo Freire: 103 anos do patrono da educação reconhecido no mundo.
Hoje, 19 de setembro, é dia de celebrarmos um dos maiores brasileiros do século 20. Se estivesse vivo, Paulo Freire faria103 anos. Educador genial, patrono da Educação Brasileira, Paulo Freire é doutor honoris causa de meia centena de universidades do Brasil e do exterior. O clássico "Pedagogia do Oprimido" é a terceira obra mais citada do mundo na área de humanas. Tive o prazer e a honra de conviver com ele. Sou testemunha do seu profundo amor pelos seres humanos, em especial pelos oprimidos – aqueles que, em suas palavras, foram "roubados do seu direito (...)
(...) de ser". A eles, Paulo Freire dedicou sua obra e sua vida. Acreditava na revolução pacífica, por meio da Educação. Dizia: “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo”. Foi perseguido, expulso da universidade, preso e exilado pela ditadura militar. Um quarto de século depois de sua morte, continua temido e odiado pela extrema direita, inimiga feroz da Educação e da construção de um mundo livre das desigualdades. Mas a perseguição que sofre depois de morto só faz aumentar a venda de seus livros e o interesse, inclusive dos mais jovens, pelas suas ideias, no Brasil e no exterior.
Paulo Freire vive. Viva Paulo Freire.
Luiz Inácio Lula da Silva,
Presidente da República
BRASIL. Agência Gov. EBC. Paulo Freire: 103 anos do patrono da educação reconhecido no mundo. Disponível em:
https://www.gov.br/planalto/pt-br/acompanhe-o-planalto/noticias/2024/09/paulo-freire-103-anos-do-patrono-da-educacao-reconhecido-no-mundo#:~:text=Paulo%20Freire%3A%20103%20anos%20do%20patrono%20da%20educa%C3%A7%C3%A3o%20reconhecido%20no%20mundo,-Compartilhe%3A&text=Hoje%2C%2019%20de%20setembro%2C%20%C3%A9,vivo%2C%20Paulo%20Freire%20faria103%20anos. Acesso em: 19 set. 2024.
09/10/24
“Justiça extingue pena de policiais envolvidos no massacre do Carandiru.
A decisão da 4ª Câmara de Direito Criminal do TJSP, publicada em 2 de outubro, se baseia no indulto natalino dado por Jair Bolsonaro (PL) em dezembro de 2022, época em que estava na presidência”.
BRAZ, Gabriela. Justiça extingue pena de policiais envolvidos no massacre do Carandiru.
Disponível em:
https://www.correiobraziliense.com.br/brasil/2024/10/6960996-justica-extingue-pena-de-policiais-envolvidos-no-massacre-do-carandiru.html.
Acesso em: 9 out. 2024.
14/11/24
“Sérgio Macaco, o capitão que evitou atentado da ditadura
Morto há 30 anos, o militar negou-se a cumprir ordens para executar a operação em 1968 que deixaria pelo menos 10 mil mortos no Rio de Janeiro, entre eles o cardeal d. Helder Câmara e o ex-presidente JK. O plano frustrado explodiria bombas pelo Rio e atribuiria a culpa ‘aos comunistas’. ‘Não, não concordo. E, enquanto eu estiver vivo, isso não acontecerá’. Estas teriam sido as frases ditas pelo capitão-paraquedista Sérgio Ribeiro Miranda de Carvalho, conhecido como Sérgio Macaco, a seu superior, o brigadeiro João Paulo Burnier, em 12 de junho de 1968. (...)
(...) Na mesa de Burnier estava um ousado plano que deixaria pelo menos 10 mil mortos no Rio – e a culpa seria atribuída ‘aos comunistas’. Conforme denunciou o capitão – e inquéritos posteriores confirmaram –, o brigadeiro queria que o esquadrão paraquedista de resgate Para-Sar organizasse uma série de atentados. Carvalho comandava esse grupo. Burnier previa explosão de bombas em alvos específicos como lojas, agências bancárias e a sede da embaixada americana e tinha uma lista de 40 personalidades de oposição que deveriam ser sequestradas e lançadas, de avião, no meio do oceano – entre os nomes, o cardeal d. Helder Câmara, o ex-presidente Juscelino Kubitschek e o ex-governador da Guanabara Carlos Lacerda. (...)
(...) Por fim, o plano ainda incluía a explosão do hoje desativado Gasômetro do Rio – na época, fornecedor de gás para a cidade – e da represa de Ribeirão das Lajes. E isso seria feito na hora do rush, o que causaria a morte de pelo menos 10 mil pessoas – algumas estimativas calculam dez vezes mais”.
BRASIL. GOV.BR. Arquivo Nacional. Memórias Reveladas. Sérgio Macaco, o capitão que evitou atentado da ditadura. Disponível em:
https://www.gov.br/memoriasreveladas/ptbr/assuntos/noticias/sergio-macaco-o-capitao-que-evitou-atentado-daditadura#:~:text=S%C3%A9rgio%20Macaco%2C%20o%20capit%C3%A3o%20que,ditadura%20%E2%80%94%20Arquivo%20Nacional%20%C2%BB%20Mem%C3%B3rias%20Reveladas&text=Morto%20h%C3%A1%2030%20anos%2C%20militar,e%20o%20ex%2Dpresidente%20JK. Acesso em: 14 nov. 2024.
14/11/24
“Espírito de corpo militar. STM fez vista grossa a planos terroristas de Bolsonaro nos anos 1980
Dezesseis de junho de 1988. Por 9 votos a 4, o então capitão do Exército Jair Messias Bolsonaro é absolvido pelo Superior Tribunal Militar (STM). Cinco meses antes, em janeiro, um conselho de justificação do Exército o considerara culpado, por 3 a 0, por ter tido ‘conduta irregular e praticado atos que afetam a honra pessoal, o pundonor militar e o decoro de classe’. O julgamento era sobre o plano, revelado meses antes desse julgamento pela revista. (...)
(...) Veja, de explodir bombas em quartéis e em sistema de abastecimento de água em protesto por melhores salários no Exército. Bolsonaro negou participação”.
CONJUR. Espírito de corpo militar. STM fez vista grossa a planos terroristas de Bolsonaro nos anos 1980. Disponível em:
https://www.conjur.com.br/2021-ago-10/stm-fez-vista-grossa-planos-terroristas-bolsonaro-anos-1980/ . Acesso em: 14 nov. 2024.
10/12/24
“Comissão Nacional da Verdade entrega relatório final e encerra trabalhos em 2014
Depois de dois anos e sete meses de trabalho, a Comissão Nacional da Verdade (CNV) publicou seu relatório final sobre as violações de direitos humanos ocorridas durante a ditadura militar brasileira (1964-1985). No dia 10 de dezembro de 2014, Dia Internacional dos Direitos Humanos, a CNV entregou o documento à presidenta Dilma Rousseff. Dividido em três volumes, com mais de 4 mil páginas, o relatório traz as conclusões e as recomendações da comissão”. (...)
(...) CANES, Michèlle. Comissão Nacional da Verdade entrega relatório final e encerra trabalhos em 2024. Disponível em:
https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2014-12/comissao-nacional-da-verdade-entrega-relatorio-final-e-encerra .
Acesso em: 10 dez. 2024.
08/01/25
“Ano Novo
(Aristides Klafke)
janeiro nasce agora
como nasce um ovo,
frágil.
não sei o que fazer
da poesia que me traga,
corrompe o ventre
da esperança.
(...)
o que fazer
do cartão de ponto
que perfura o peito
toda manhã, costura largo
o coração.
o que fazer da voz
do desconhecido
que ilude o povo
espanta os pássaros
nomeia carrascos.
não sei o que fazer da política!
(...)
sei que janeiro nasce agora
como nasceu um ovo,
frágil.
uma esquina sentinelada
pesa chumbo
nas costas
(1979 - Eis-me aqui, bruto!)
(...) KLAFKE, Aristides. Ano Novo. In: FERRAZ, Marcelo; MARTINELLI FILHO, Nelson; SALGUEIRO, Wilberth (orgs.). Memorial poético dos anos de chumbo: uma antologia. Porto Alegre, RS: Editora Zouk, 2024, 412 p. p. 185.